Nos dias atuais costuma-se comemorar a Páscoa como um simbolismo religioso que tenta relembrar a ressurreição do Senhor Jesus. Alguns seguimentos religiosos buscam ainda dar a data um sentido de renovação.
Se lançarmos um olhar para o momento bíblico desta festa e o seu contexto, veremos que a ordenança divina era no sentido de relembrar a forma que o Senhor Jeová usou para com que o povo de Israel tivesse a permissão de Faraó para que saíssem do Egito, deixando assim a escravidão que lhes era imposta.
A ordenança era para que ao anoitecer, todo o povo preparasse aquela que seria a ultima refeição em terras do Egito. Essa refeição deveria ser a base de carne de cordeiro, pães sem fermento e ervas amargas, representando a forma apressada com que o povo partiria para sua libertação.
O sangue do cordeiro sacrificado seria então passado nos umbrais de suas casas, identificando que ali morava um judeu e que esta casa estaria protegida da passagem do anjo da morte enviado por Jeová. O anjo teria a missão de eliminar os primogênitos de todos os Egípcios, tanto humanos como de suas criações.
Temos assim por esta pequena exposição histórica que a Páscoa seria traduzida por uma idéia de libertação e não de renovação.
Mesmo nos dias de Jesus, esta idéia permanece intocada. O sacrifício do Cristo passaria então a ser a recordação do sacrifício pascal da época de Moises. O seu sangue derramado no madeiro, representação dos umbrais, lembraria então, tanto a morte do unigênito de Jeová quanto o sinal para que o anjo da morte se mantivesse longe daqueles que crêem
.Portanto, reforça-se a idéia de que a páscoa cristã deva ser um sentimento de libertação. Da saída de um Egito que aprisiona em vícios, violência e morte para uma Canaã de Paz e tranqüilidade.
Assim, mais do que simplesmente um renascimento. a pascoa deve ser encarada como uma continuidade. Continuidade de vida que se regenera pelo sacrificio do Cristo.